Reposição de freguesias vs. centralismo
Um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto traz à reflexão, de forma oportuna, a organização administrativa do território, a partir da recente reposição de três centenas de freguesias. Mais do que a questão do aumento dos custos associados a este acréscimo do número de freguesias, o estudo enfatiza o facto de Portugal continuar a ser um dos países europeus mais centralizados, com um reduzido nível de despesa local e regional no PIB e um dos rácios mais baixos de habitantes por unidade administrativa local de nível inferior (as freguesias no caso português).
Defendo há muito que uma reforma administrativa que envolva a criação de regiões administrativas, o redimensionamento de municípios e freguesias, e das respectivas atribuições, conduziria a um desenvolvimento mais integrado do país e à diminuição do centralismo que se faz sentir.