Segundo O Público, o Vice-presidente da bancada do PS, que é representante do Parlamento no CSMP, quis avançar com processo a João Palma ou Lopes da Mota (notícia aqui).
Uhm... a escolha seria ao estilo cara ou coroa? Vindo a proposta de quem vem (podem refrescar a memória aqui) nem sei se me espantaria.
Diz-se ainda (entre muito mais) na mesma notícia:
"Também Pinto Monteiro se mostrou incomodado com as denúncias do sindicato, considerando que o pedido de audiência ao Presidente da República o desautoriza. E constitui mesmo "uma violação dos deveres deontológicos e disciplinares" do seu recém-eleito presidente, João Palma. O procurador-geral lamentou ainda ter sabido das alegadas pressões pelos jornais quando Cândida Almeida, que tutela os dois procuradores, já tinha conhecimento do caso."
Uhm... será que o Presidente do Sindicato quis mesmo passar "por cima " do PGR? Em caso afirmativo, seria porque receava que a sua denúncia tivesse o mesmo destino da que fora feita pelos Procuradores do Processo à sua directa hierarquia, a Dra. Cândida Almeida, Directora do DCIAP? Não sei, mas estou certa que não o fez por imponderação, pois não podia deixar de saber que estava a "arriscar a pele" - não é um newcommer nem nas lides sindicais nem, muito menos, no Ministério Público.
Sobre que "represálias" podem recear os do M.P. ler Eduardo Dâmaso, aqui.
Não escrevo porque me deleite especular, nem porque me divirta a situação, muito pelo contrário, acho-a seríssima! Conheço, há muito, todos os intervenientes neste caso, por banda do MP, e desejo ardentemente que a verdade venha ao de cima - a bem da Nação, a bem do Estado de Direito, pois não há como aguentar mais limbos investigatórios, mais arquivamentos por vícios de forma ou convenientes precrições, nem sequer os voluntarismos de justicialistas avulsos, que servem acima de tudo para alimentar os seus egos e a voracidade da comunicação social (a 1ª a deleitar-se, aliás, ao constatar que essas messiânicas personagens têm pés de barro).