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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

estes dias que passam 984

mcr, 13.05.25

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Seis anos antes do  Dia da vitória

a 23 de Agosto de 1939...

mcr, 13-5-25

 

A Rússia comemorou com pompa e circunstância o dia da vitória sobre a Alemanha  do Reich milenário (na realidade um reich nº 3 que durou vinte e poucos anos...).

E comemorou-o um dia depois das comemorações ocidentais que consideram o dia 8 como o dia da vitória.

A Rússia, no seguimento da falecida URSS, apelida a 2ª Guerra mundial como a grande guerra patriótica  recordando aos seus cidadãos que a URSS foi invadida a 22 de Junho de 1941 pelos seus ex-aliados nazis .

Convirá esmiuçar um pouco estas datas porquanto anda por aí muita gente "esquecida" de um pequeno mas temível pormenor.

De facto a 23 de Agosto de 1939 foi o mundo surpreendido pela notícia da assinatura de um pacto germano soviético, também chamado  Molotov-Rbibentrop (nome dos ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países.

Com esse tratado a URSS obrigava-se a fornecer aos nazis quantidades enormes de  produtos alimentares bem como de outros e mais volumosos produtos estratégicos, aço, petróleo etc...

O pacto resolvia um dos principais (ou o princ ipal) problemas alemães, a hipótese de uma guerra em  duas frentes. 

Foi quanto bastou para a Alemanha invadir pouco depois a Polónia (1 de Setembro e iniciar uma série de ocupações de países  (Bélgica, Luxemburg e Holanda, Maio de 1940, Noruega e Dinamarca , Abril do mesmo ano) culminando no ataque à França e rápida ocupação (Maio de 1940)e mais tarde a Grécia antecedida pela invasão da Jugoslavia.

Ou por outras palavras, graças a benévola neutralidade soviética o Ocidente (com excepção da Suiça, da Inglaterra, da Espanha e de Portugal) foi invadido e ocupado pela Alemanha, aliada da Itália.

Por sua vez, a URSS aproveitou a invasão alemã da Polónia para ocupar metade desse país, abrindo depois caminho para a ocupação e anexação dos países bálticos. Entretanto e ainda em 1939, a URSS desencadeou um ataque à Finlândia  (30 de Novembro de 1939) .

A 22 de Junho de 1941,as tropas nazis invadiram a URSS que, foi "apanhada com as calças na mão", num espectáculo deprimente de falta de preparação militar (aliás ajudada pela decapitação stalinista do comando do Exército Vermelho, pela desconfiança nas informações que chegavam ao Ktemlin de todos os lados incluindo dos seus próprios espiões. 

É por isso que escondendo a infame colaboração com o nazismo, a URSS e agora a Federação Russa sua herdeira espiritual, social e política, falam na grande guerra patriótica .

Valeria a pena recordar que nos primeiros e terríveis meses depois da invasão foram os ingleses e os americanos que ajudaram maciçamente a URSS. Foram mais de dez os comboios de armamento enviados pelos ameicanos, ao mesmo tempo que os ingleses conseguiam enviar pelo mar do note apoio semelhante embora, e naturalmente (estavam eles próprios em guerra)  em menor grau.

Aguerra "patriótica" foi originada pela "patriótica" aliança saída do pacto já mencionado.

Seria bom relembrar que nos anos 30, a URSS, através da  Internacional  levou a cabo uma política de luta contra o nazismo ao mesmo tempo que advogava (sobretudo na Alemanha e na França) uma intensa camapnha contra os socialistas que ficou conhecida pelo nome de "classe contra classe". Só quando os comunistas alemães foram enviados para os campos de concentração alemães  é que a mesma Internacional começou a apelar às frentes contra o nacional socialismo. De repente, socialistas e radicais deixaram de ser inimigos para serem aliados...

Por cá, arapaziada do costume, ignora ou finge ignorar estas verdades, como ignora ou finge ignorar que na Ucrânia a guerra é entre um agressor filo-autocrático, ultra-nacionalista  e saudoso do defunto império soviético  e um agredido  cuja existência estava alicerçada em tratados internacionais reconhecidos pela Federação russa. 

*na imagem: assinatura do pacto germano soviético. É Molotov que assina e por trás com uma fardeta estilo maoísta está Stalin. Existe meso uma fotografia onde este brinda com champanhe  mas nãoa encontrei porque sou desastrado.

estes dias que passam 983

mcr, 10.05.25

São os pobres que pagam a crise

ou que se lixem os trabalhadores 

mcr, 9-5-25

 

 

A CP é uma curiosa empresa que abriga nada mais nada menos do que 11 (ou serão 13?) sindicatos no seu seio

Pelos vistos as condições de trabalho são tão específicas que são necessários 15 sindicatos para dialogarem com a direcção e, de certo modo, com o Estado.

Desconheço como será a organização sindical em França ou na Alemanha onde de muito longe em muito longe há greves que paralisam boa parte, e a mais fraca, do país.

A ideia com que por cá se fica, mesmo se eventualmente  injusta é a de que basta um sindicato de cada vez fazer greve para estas serem constantes.

Aliás bastará tentar lembrar quantas já ocorreram este ano .

Outra ideia que ocorre aos penitentes viajantes da CP é que na cintura das duas maiores cidades há um longo calvário  percorrer diariamente, uma completa incerteza sobre o dia de amanhã e um permanente desejo de fugir às estranhas vicissitudes da vida sindical, optando por transporte automóvel que, por sua vez, além de caro entope as cidades e as zonas onde se concentram mais trabalhadores. 

Pelos vistos está em curso uma gigantesca compra de material ferroviário desde locomotivas a carruagens. Também há umplano de obras para alta velocidade que está já no terreno e que custará somas astronómicas. entretanto, e em sinal contrário, a renovação das linhas clássicas (p ex a da Beira Alta ou a do Oeste marcam passo e tornam inviável usar os percursos que durante cem anos serviram populações e mesmo comboios internacionais. 

Mesmo que esses percursos estivessem ao dispor dos viajantes temos que com o comboio de greves dos sindicatos da CP seria sempre imprevisível a deslocação normal de pessoas. 

A greve a que agora se assiste e que foi proclamada para vários dias cheira a campanha eleitoral que tresanda. Há o claro intuito de mostrar ao país que o actual governo (de gestão, sublinhe-se) não faz nada, prejudica teimosamente trabalhadores ferroviários e todos , a imensa maioria, dos que necessitam do comboio para ir trabalhar. 

O Governo (de gestão, insiste-se...) jura que não tem poderes para intervir numa negociação, como a exigida.  A instituição que regula os serviços mínimos assobiou para o lado e entende que nos dias úteis já perdidos  (!!!)  não era possível estabelecer os ditos serviços que, miraculosamente parecem agora, sábado, tornar-se possíveis. Alguém, honradamente e de boa fé, entende isto?

Oque parece (ou é ) estranho é que e ste tipo de greves só ocorrem no Estado ou nas empresas que ele controla como é o caso da CP.

Começa a perceber-se a razão porque tanta gente torce o nariz à ideia de haver operadores privados nos carris mais usuais e frequentados. Misteriosamente, ou talvez não, os malvado privados acorrentam os seus trabalhadores, não lhes permitem as mínimas (máximas) liberdades sindicais e por isso concorreriam com vantagem no transporte ferroviário de passageiros...

Já aqui o disse e repito. Estas greves afectam apenas, ou quase só, os trabalhadores. os pobres  os que necessitam de viajar entre as periferias onde malvivem.

Ouvir o responsável sindical alanzoar as percentagens da greve e condenar a emresa o governo e sei lá mais quem, é simplesmente obsceno e canalha. 

estes dias que passam 982

mcr, 05.05.25

Breves da semana

mcr, 5-5-25

 

Parece que o sr Pedro Nuno dos Santos tem um porsche que já não será sequer recente.

Alguém no Ps terá entendido que um ministro dono de porsche é  contra a ética republica, socialista, marxista e da puta que o pariu. Vai daí PNS guarou a viatura numa garagem paterna.

Um semanário cheira-merda descobriu a coisa e publicou a tremenda notícia.

tudo isto é indecoroso e paspalhão. PNS até poderia ter um Rolls Royce que isso não afetaria as suas qualidades políticas (no caso de as ter). 

Só numa sociedade invejosa e hipócrit se critica alguém por ter algo mesmo se, no caso concreto, seja um carro desportivo que não é barato.

A única pergunta possível seria se o carro está pago, se foi pago se para o efeito foi o papá que ofereceu esse caro brinquedo ao seu querido abencerragem.

Nada disto tem a ver com a felicidade dos portugueses, a dignidade do parlamento ou a integridade de um responsável político.

Por im PNS até pode comprar o queen Mary para passear no Tejo. Desde que seja com o seu dinheiro ou com o da sua família. O resto é mera e estúpida treta. 

E mais não digo sobre outros políticos. apenas me espanto que um deles viva em 30 ou 60 m2. O homem terá dez livros? Umquadro? um maple confortável? 60 m2 não dá para grandes coisas sobretudo se se partilha a casa com uma mulher, legítima ou ilegítima, tanto faz...

 

2 uns apaniguados de Trump entenderam qualificar a Alemenha de ditadura creio que comunista. A razão é simples: há em curso um processo de inquérito para verificar se a AfD é ou nãi um partido fascista. A Constituição do país proibe a existência de tais agrupamentos. 

Os cachorros de guarda de Trump desconhecem tudo ou quase sobre as regras políticas da maioria dos países europeus, aiáticos, africanos ou americanos. Cada vez que opinam dão com os burrinhos na água. São ignorantes, incultos, intolerantese autocráticos

E não percebem que num país como a Alemanha haja regras democráticas e constitucionais e tribunais independente.

De que buraco surdiram estas criaturas?

3 uma menina de Gaza morreu de fome há dois iu três dias. Um país que viu centenhas de milhares de irmãos de religião perecerem nos campos de concentração à fome, não se lembra disso e prefere imitar os carrascos desses mortos. 

A europa e Portugal assistem a isso, ouvem um canalha avisar que vai intensificar a guerra na  zona e nada fazem. Nem um pio, quanto mais um protesto. 

Alguém se admira se começar a grassar por aí, por cá, um miserável relento de anti-semitismo?

4o sr Montenegro celebrou em S Bento a data 25 de Abril/1 de Maio. Para o efeito contratou o sr Carreira um cantor apimbado mas carregado de sucesso. Caiu-lhe toda a gente em cima acusando-o de mau gosto, de popularucho sei lá do que mais. Se Montenegro tivesse posto lá a Orquestra Sinfónica a interpretar Mozart, Beeethoven ou Brahms eram capazes de uivar que aquilo era de um insuportável elitismo. Ou então acusariam o melómao Montenegro de apreciador da música de um país que foi fautor de duas guerras mundiais.  E exterminador  incompleto de várias minorias etnicas, políticas, raciais ou sexuais. 

Montenegro é neste exacto momento o pião das nicas. Parece que isso até o beneficia e dá votos (não o me, seja desde já dito).

Eu poderia dizer que muitas das manifestações artísticas, políticas abrilistas tendem com o tempo e o folclore a tornarem-se pindéricas ou a parecê-lo. Todavia,, acredito, que essas pessoas tem a mesma exacta legitimidade daqueloutras que se extasiam com o senhor Carreira. Ponto final. 

estes dias que passam 981

mcr, 02.05.25

O que se apaga

(e o que se acende...)

mcr, 1-5-25

 

O apagao da passada segunda feira teve várias "virtudes" e outros tanto de "defeitos")

Começando por estes últimos, temos que o Governo foi, como se esperava (e com alguma justiça), o bombo da festa. Tardou em informar o país, acalmar o nervosismo geral e dar insrucções claras aos cidadãos. 

Teve `à sua disposição as rádios que sempre estiveram no ar mas só se lembrou delas horas depois destas terem iniciado uma actividade útil de tentativa de informação.

É verdade que as explicações não eram fáceis e disso a culpa vai por inteiro para a REN que ao que senti esteve muda e queda sobretudo por não adiantar uma explicação simples e útil e, muito menos, antecipar uma previsão razoável de fim do bloqueio  energético.

Foi seguramente muito bonito ver ou saber que o Conselho de Miistros estava reunido mas convenhamos que aquilo mais parecia  o conclave de eleição do Papa. Misyerioso, incomunicável e sem sinais de fumo branco. Aliás: sem sinais de qualquer fumo preto amarelo branco ou às pintinhas.

Entretanto alguns líderes partidários desdobraram-se em declarações que pouco ou nada tinham a ver com o "pequeno problema" que preocupava a paisanagem (que está a acontecer, porquê, quando acaba esta privação energética?). Todavia, na duvida, arrearam forte e feio no Governo que, olimpicamente, nem lhes respondeu. 

Depois começaram as críticas. Isto de importar electricidade por esta estar mais barata do que a produzida localmente é "capitalismo" voracidade pelo lucro, sei lá que mais. A senhora dirigente do BE veio afirmar que a culpa era do Governo, melhor dizendo o antigo de Passos Coelho (já lá vão dez ano!!!), que vendeu a REN a  um pais estrangeiro. Se bem me lembro não indicou especificamente a China menos ainda o regime que lá impera e que se baseia na ditadura do proletariado  que todos os partidos fundadores do BE apoia(v)am.

Ora o dito BE esteve de mãos dadas com o anterior Governo durante vários anos e, na altura, que eu saiba, nunca se lembrou de exigira a reversão desse contrato  que "mina" a independência nacional. Ainda veremos essa senhora afirmar solenemente que é o actual Governo o culpado por não reverter o dito contrato. 

O Governo veio já anunciar que fará vultuosos investimentos em mais duas centrais eléticas para estas poderem minorar ou prevenir novo apagões. 

Ao que li hoje, estão, porém, a ser estudados e desenvolvidos mecanismos mais simples e mais baratos idênticos aos que estão previstos (ou em uso...) nos Açores e Madeira que visam tornar mais  robusta a defesa das centrais. 

Também os do costume vieram atacar o uso indiscriminado das energias renováveis por estas não garantirem um fluxo seguro e contínuo fornecimento de energia.

 

 

É verdade que ainda não há dispositivos eficazes para o efeito mas também se sabe que estão fortemente adiantados os estudos para os produzir. Por outro lado, a menos que se queira voltar aos combustíveis fósseis ou experimentar a energia atómica, não há outro caminho senão este em que Portugal e Espanha são, uma vez sem exemplo, pioneiros na Europa.

Também houve ataques ao governo por causa daantiguidade dos geradores existentes nos hospitais.  Os apóstolos do SNS parecem esquecer que, também aqui, houve depois de Passos, o mau da fita, oiyo longos anos de governação de Costa que nunca se lembrou desta questão. E ao que sei, os hospitais (ou alguns hospitais) reclamam desde há muito do sobre o estado senil destes dispositivos.

A pergunta que hoje me faço é esta: se por horrendo azar nos acontece um terramoto d alguma dimensão, de quem é a culpa?

A resposta, temo bem, é dp Montenegro. 

O homem é o que é e não me inspira simpatia de nenhuma espécie mas isto de o transformar em pião das nicas  por tudo o que corre mal cheira igualmente mal. Fede!

(à cautela: cá em casa tínhamos rádio de pilhas, instrumentos baratuchos com luz led, uma pequena placa de gás, enfim o mínimo para poder dizer que mesmo encurralado num andar alto, aguentámos sem especial nervosismo doze horas de apagão. Este bairro de média e alta burguesia foi o último no Porto a ver restabelecida a energia que só apareceu depois das onze e meia (no caso, e para contentamento da senhora bloquista, os ricos pagaram duramente a crise...)

 

Em tempo: há 51 anos festejei, pela primeira vez, sem apanhar no lombo, o dia 1 de Maio. Foi bonita a festa, pá ma não havia um sítio onde beber um café, comprar uma garrafa de água e os transportes, se os havia, eram mínimos. Mas nós éramos novos, cheios de sonhos, e aguentamos tudo.

Foi bom, valeu a pena e, sobretudo, nunca nada foi como dantes. Não vou afirmar que fui muito feliz mas tenho a absoluta, inabalável, certeza que fui muito menos infeliz do que nos trinta e três anos anteriores...

 

 

 

 

estes dias que passam 980

mcr, 25.04.25

Doppo Marx, Aprile 

(doppo Aprille, mai)

mcr, 25 de Abril, outra vez

Convenhamos: anda por aí alguma confusão, a menos que se trate de má fé. Ou seja: o Governo  (que não foi votado por mim) entendeu que os 3 dias de luto pelo Papa, deveriam fazer adira as festas que ele Governo organiza. Não as eliminou, apenas as deixou para a semana que vem. 

Imaginemos que não faia isto. Logo surgiriam vozes a acusar o Governo de transformar o luto em nada ou quase nada. 

Todavia, o Governo irá à AR como é hábito e nãao proibiu nenhuma manifestação prrivada ou particular nem deu ordens para as Câmaras eliminarem quaisquer manifestações, desfiles, reuniões celebrativas. 

 

2 Os jornais recordam o dia 25 de 75, data da primeira eleição livre. Em boa verdade, esta eleição foi forçada pelo Presidente Costa Gomes que a impôs avariados grupos e organizações que exaltadamente insistiam (com alguns militares..., diga-se de passagem) na recusa de eleições "burguesas".

O "Pública" dá em três p´ginas o testemnhos de pessoas que (e muito bem) reivindicam este dia 25-4-1975) como absolutamente excepcional, como uma primeira consolidação da Democracia.

3 Nesse dia todos os eus numerosos familiares emidade de votar acorreram às urnas  quase todos para votar pela primeira vez. Apenas alguns dos mais idosos teriam participado em eleições antes de 28 de Maio. É provável que os mais conservadores tenham ido às urnas durante o Estado Novo, pelo menos em eleições presidenciais, mormente na de 1958. 

Na parte que toca fui bem cedo para a minha assembleia de voto pelo que rapidamente cumpri o meu dever e exerci, orgulhosa e comovidamente, o meu direito de voto.

3 Todavia, não foi esta a primeira, mas antes a segunda vez, que votei. Na verdade, em 1969, a Oposição Democrática entendeu não desistir das eleições legilativas apesar de se conhecerem demasiadamente bem os limites existentes ao voto popular. Fiz parte com centenas de estudantes de Coimbra da Comissão Promotora do Voto,  colaborei activamente, ma campanha sendo orador em três comícios e forneci um documento importantíssimo sobre os "acontecimentos de Macau, a repressão colonial e as abjectas desculpas do Governo de Macau depois de uma forte pressão do governador da província chinesa fronteiriça. Insisto: Bastou uma nota dura de um governo local chinês para pôr em sentido as autoridades portuguesas de Macau. A coisa foi cuidadosamente escondida em Portugal (metrópole)  mas eu consegui apanhar o documento e entregá-lo ao Aníbal Almeida para ser divulgado pela CDE de Coimbra. Mais tarde o Aníbal divulgou esse e outros documentos num livrinho editado pela nossa editora resistente "Centelha" (na altura chamava-se "nosso tempo") com o título "sobre o Ultramar - fascismo e guerra colonial", 1974

Depois da campanha pr-voto, fui um dos delegados da oposição (CDE) de Coimbra às mesas de voto. Calhou-me a freguesia dos Olivais e devo dizer que, se não me receberam com simpatia também não me traaram mal. Os restantes membros da mesa de voto eram obviamente todos do Estado Novo, por convicção uns, por oportunismo outros ou mesmo por dinheiro. Sabiam perfeitamente que a oposição não tinha a mínima hipótese,que provavelmente nem era necessária qualquer chapelada, dada a composição do escasso corpo eleitoral  da época. De todo o modo devo confessar que fui para a assembleia de voto orgulhoso ("é altura destes biltres verem um democrata sem medo", escrevi num caderninho que conservei até o perder num incêndio já nos anos 80. claro que desta minha façanha há registo pidesco em um dos 14 processos de que fui alvo. Houve mesmo um insprector da pide que me interrogou durante a minha penúltima prisão que me declarou que "não considerava crime" essa minha participação!...

Portanto, neste duplo aniversário golpe militar e eleições no ano seguinte, tenho por mim que o primeiro voto em liberdade me soube bem mas sem o encanto de ter feito o mesmo quando as coisas eram muito, mas muito, mais difíceis. E prometi a mim mesmo votar sempre que houvesse eleições autárquicas, legislativas ou presidenciais e até hoje não galhei nenhuma. Antes mesmo de tomar o primeiro café da manhã apresento-me na assembleia de voto e pimba!, voto.Actualmente, e desde há um par de eleições voto branco por não aceitar que algo tão importante quanrto a escolha dos nossos representantes seja escolher uma molhada de criaturas (no Porto são 36 se não estou em erro) indicadas pelo aparelho do partido. desta forma nenhum eleitor pode pedir explicações ao deputado A, B ou X sobre o sentido do seu voto seja sobre que problema for. Convenhamos isto é pouco democrático e sobretudo torna as criaturas eleitas totalmente irresponsáveis pois ninguém as pode interpelar ou negar-lhe o voto na eleição seguinte. Mais uma originalidade nacional!...

 

(o título desta crónica baseia-se num título italiano de um livro de Maria Antonietta Macchiochi (a 1`parte) e um acrescento meu que pretende dizer que depois dos acontecimentos que marcaram os últimos meses de 74 e os primeiros de 75, isto é a tentativa de subverter os princípios de Abril para eventualmente recriar caricaturalmente a data de Outubro de 1917 Portanto "depois de Abril (de 74 e de 75)  entendo que os portugueses disseram e repetem eleição após eleição que nunca (mai) adoptarão ideologias que tendam para ditaduras fascistas, iliberais ou do proletariado que, de resto, no caso desta última, foram fragorosamente enterradas sob os escombros da implosão da URSS e do derrube do muro de Berlin.  

 

 

 

 

estes dias que passam 979

mcr, 21.04.25

Francisco

mcr, 21-4-25

 

tudo neste homem foi impressionante, a começar pela vida dele antes de sentir a vocação até à sua luta discreta mas indómita contra a miserável Junta ditatorial da Srgentina. O seu trabalho enquanto bispo e arcebispo de Buenos Aires, a sua alegria comunicativa, o seu entusiasmo pelo futebol e o modo simples e directo com que falaa com a gente da rua.

No dia em que, já Papa, se apresentou à multidão na praça de S Pedro,,  terminou desejando a todos um "bom almoço"  o que, convenhamos, contrasta(va) com a habitual seriedde dos seus antecesspres. As solas dos sapatos modestos em mau estado, a recusa em se alojar nos principescos aposentos dos anteriores Papas, tudo deixava logo no primeiro dia pensar que estávamos diante de um Papa diferente. A começar pelo nome escolhido, Francisco, recordando esse santo que, de certo modo, incendiou a fé e tentou mudar a Igrja.

Ei não passo de um pobre agnóstico, estou longe da Igreja católica, na qual fui educado, mas tenho que reconhecer que, desta vez, e muitos anos depois de João XXIII, algo de novo ilumina  a Santa Sé.

A própria história desta súbita (mas não inesperada) morte, na madrugada seguinte `Páscoa onde ainda apareceu, debilitado mas recusando-se a dar parte de fraco e deixando, mais uma vez, uma mensagem contra as guerras (e ele enumerou-as!...) que afligem o mundo.

Havia neste argentino algo do mítico gaucho das nossas histórias de infância, coragem, simplicidade, fé e um forte apego ao próximo. E como esses gaúchos míticos, também ele morre com as botas calçadas.

vai fazer falta, muita falta, inclusive a nós, agnósticos que o víamos como alguém com quem poderíamos conversar, dialogar, discutir e, muitas vezes, concordar.

"Onde está, morte, a tua vitória?"

 

 

 

estes dias que passam 978

mcr, 14.04.25

O oficial comando que lia a "seara Nova"

mcr, 14-4-25

 

Ainda há um par de meses dei aqui (o leitor impenitente, 271, 10-9-24) conta do lançamento de "Guiné, os oficiais milicianos e o 25 de Abril " No texto ou na conversa posterior alguém recordava o facto de um oficial comando se passear por Bissau com a  "Seara Nova" debaixo do braço. 

Esse oficial era do quadro permanente, e notabilizara-se naquele teatro de guerra por ter levado a cabo operações de alto risco. algumas das quais fora da fronteira guineense.

Tratava-se de Carlos Matos Gomes, um dos primeiros elementos do MFA  que, mais tarde se tornaria conhecido como romancista (sob o pseudónimo de Carlos do Vale Ferraz)  e sobretudo como notável historiador militar (cito apenas, por os possuir e ter lido, Geração D e, em parceria com Aniceto Afonso, "Os anos da Guerra Colonial" e "Guerra colonial, um repórter em África". Trata-se de textos de excelente factura, precisão (militar!...) muito bem documentados e essenciais para quem queira seriamente aber como as coisas aconteceram. 

 

Conheci Carlos Matos Gomes por ocasião do festival "Ler em Viagem" que se celebra em Matosinhos e que se de deve ao infatigável Francisco Guedes recentemente desaparecido. 

Coincidimos durante um par de refeições e pude assim verificar a qualidade do homem que agora, aos 78 anos, a desapareceu. Foram horas de excelente convívio, troca de impressões sobre um assunto que a ambos, quase da mesma geração interessava (e interessa cada vez mais dada a ignorância miserável e insultuosa de uma turbamulta inculta e esparvoada que vai da extrema esquerda à extrema direita , irmanada na desfaçatez e no desconhecimento da nossa história mais recente).

Não fiz a guerra, menos ainda a tropa por um bambúrrio da sorte que me permitiu ir à inspecção militar (às sortes como se dizia e, no meu caso, à grande sorte)  meses antes do eclodir da guerra. 

Nos anos que mediaram entre 62 e 74  tomei partido contra guerra e na medida do possível levei a cabo algumas acções contra ela, incluindo o ser "passador" fronteiriço de pouco mais de uma dúzia de refractários ou desertores. 

Todavia, como aqui, já dei conta, nunca considerai  que o milhão de portugueses que foi para as colónias mobilizado e participou  nos combates,  fosse merecedor de crítica. A alternativa era o exílio, a dura vida em terras desconhecidas,  abandono da família e a a perspectiva de empregos miseráveis  e de condições de vida nada fáceis. 

Aliás, o 25 de Abril foi, em larga medida, feito por militares que durante uma dúzia de anos se bateram nas partes de África até se aperceberem que não havia uma solução política para a persistência  do "Império"

Carlos Matos Gomes, o oficial comando, é bem um exemplo de como  um português, um homem,  se apercebe da injustiça de uma situação e, pouco a pouco, se vê eticamente obrigado a intervir.

Na hora da sua morte, eis um exemplo de vida dedicada a Portugal e à democracia, à paz e à honra que merece ser destacado.

 

 

 

 

estes dias que passam 977

mcr, 10.04.25

 O que foi, o que não foi?

O que será e o que não será?

mcr, 10-4-25

 

Ontem passou mais um aniversário da batalha de La  Lys, um tremendo desastre para o Corpo Expedicionário Português na primeira guerra mundial.

A única tentativa de desculpar o facto assenta numa defeituosa mudança de tropas  entre a linha da frente e a de substituição. De todo  o modo a participação portuguesa na Flandres foi um erro político e militar. Não só a preparação das tropas  (o "milagre de Tancos") foi apressada e deficiente como aind por  cima não era desejada pelos aliados. Por junto, parece que a França veria com simpatia a cedeência de artilharia portuguesa. O resto é o que se sabe (ou não sabe!...) A tropa portuguesa foi transportada em navios ingleses, foi depois treinada por ingleses já m território francês, foi equipada por ingleses e, naturalmente, foi dirigida militarmente pelos ingleses. 

A ideia de enviar tropas para a frente europeia foi dos 2fuerristas", gente do partido democrático que fundamentalmente apostava no reconhecimento da jovem República Portuguesa.

Hoje, é dacil afirmar que essas tropas praticamente irrelevantes na Flandres poderiam ter sido mais bem usadas nas frentes africanas contra os alemães.  Todavia, também aí (sul de Angola e norte de Moçambique) o Exército não brilhou especialmente.

Porém não era disto que queria falar e que, aliás, passou despercebido graças à trapalhices (ia escrever trampalhices para usar  uma forçada homonimia) do senhor Trump.

Já ninguém sabe exactamente como e quando vão ser aplicadas as espaventosas tarifas que atingem mesmo territórios que nunca comerciaram (nem provavelmente comerciarão) com os EUA. Agora a errática criatura afirma que haverá uma pausa de 90 dias entre o dia do decreto e o início da sua aplicação. 

 De qualquer modo o que hoje é dito amanhã pode ser negado.

Eu, sobre a criatura, já ha muito que lhe tirei os azimutes. Bastou-me ver aTrum Tower há muitos anos na única vez que fui a Nova Yorque. Depois, num dia  de insónia, dei comigo a ver (na tv)  parte do interior da casa dele . Falar a propósito de mau gosto é supérfluo, como superfluo será falar dos seus discursos e do seu escasso vocabulário,  Todavia ganhou duas eleições e isso, para um apreciador de jazz, da grande literatura americana, do cinema de tantos e tão extraordinários cineastas, é um mistério insolúvel.

Conheci ao longo da vida um largo par de americanos, fui (ou ainda sou) amigo de alguns (os sobreviventes). Ia-me esquecendo da música popular de que andam por aqui mas centenas de discos,

Nada disto me preparou para este vendaval onde, de resto emergem os Musk, os Vance e outroa fantasmas  que me fazem acreditar que a KKK era uma brincadeira de rapazolas infantilóides. 

Ainda há pouco tempo, ao ver o homenzinho entre s convidados para a inauguração de Notre Dame perguntei-me se ele perceberia o que era aquilo, o que representava aquilo. 

Na única vez que estive na América comi  em restaurantes quase sempre de outras partes do mundo comprei jeans feitos também noutro sítio e de original só mesmo a catrefada de discos de jazz que trouxe comigo. Gostei de Nova Yorque, do políca sialeiro que na passadeira de uma avenida nos perguntou se tínhamos tido uma boa Páscoa, do bar tender portorriquenho (?) que ao ouvir a minha mulher perguntar-me o que era "bourbon" logo lhe ofereceu um cálice para ela provar. E dos voluntários da Frick Collection que ao me verem curvado a ver uma prateleira de livrosme perguntaram porque o fazia. E quando expliquei que queria saber o que o milionário lia logo se entusiasmaram  Com aquele "europeu curioso" e me rodearam de atenções e perguntas. E via-se que estavam contentes com a minha curiosidade...

Gostei da América que vi e nada, nenhum trump, me vai fazer mudar de opinião. Espero que caia depressa mesmo se já causou um enorme rombo à pátria de Lincoln, Roosevelt, Obama ou Martin Luther King.

E acredito, pelo menos espero ardentemente, que num futuro que gostaria que fosse breve, esta criatura afocinhasse na fossa ideológica  de onde, em má hora, surdiu.

estes dias que passam 976

mcr, 07.04.25

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para uma teoria da fêmea ibérica, 

sub-espécie lusitana

mcr, 7-4-25

 

A notícia dos jornais ou o resumo televisivo poderia ser assim:

degenerada e viciosa mulher de 16 anos viola três rapazinhos entre os 17 e os 19 anos e obriga-os a publicar nas redes sociais o vídeo do nefando acto.

 

Na realidade a coisa não foi noticiada desta maneira,  provavelmente porque os meios de comunicação social não foram capazes de abarcar toda a complexidade sa decisão do tribunal que, ao que sei, decidiu após participação do hospital onde a menor foi observada (e eventualmente, socorrida) obrigar os três mariolas á apresentação periódica numa esquadra de polícia. 

O vídeo a que me refiro teve até ser retirado 36.000 visualizações.

Os trªes compinchas juram que n\ao houve volação, aprsar dos sinais em contrário que motivaram a participação hospitalar.

Estão também impedidos de comunicar com a vítima.

Foi tido em conta o facto de os três alegados violadores não terem antecedentes criminais- Ningúem, presume-se, se importou com as trinta e seis mil visualizações do acto, coisa qu marcará para sempre a vida da rapariga.

Parece que os rapazolas seriam "influencers", barbarismo moderno que indica gente que se expõe na internet emitindo burrices, baboseiras  e vagas mentirolas que, pelos vistos, rendem grossas maquias. 

Eu sou actualmente o que se chama um jurista não praticante, E ainda bem! Se ainda tivesse alguma ligação a mundo do direito andaria por aí, cabisbaixo e envergonhado.

Poderá ser ignorância minha, conceito estapafúrdio da ética judicial, das boas práticas jurídicas, conservadorismo, inconformidade com os novos tempos, o que quaerem, mas acho esta atitude do tribunal aberrante. 

Alguém informou que o tribunal apenas seguiu a posição do MP e que a mais não era obrigado.  ainda bem que o MP não acusou a miúda de sedução ao grupo violador. 

No julgamento, se sequer julgamento houver, inda virá um advogadeco manhoso dzer que a culpa foi da violada que provocou com palavras, acções, roupa inadequada a libido dos rapazes que nestas idades estão sempre em estado de excitação máxima!.

E ninguém afirmará que tÇes rapazes na força da idade contra uma rapariga mais nova é, pelo menos, uma cobardia infame, uma violência enorme , um acto que rebaixa qualquer pessoa seja qual for a sua idade, situação e origem social

Em Portugal bem que se poe dizer que, em certas alturas e circunstâncias, este país não é para mulheres. Ou raparigas.

nota: não sou feminista  mas odeio o machismo mesmo naquela versão exculpatória de um certo cientista social que se defende dizendo que basceu num tempo em que o piropo e ceras atitudes mais evidentes eram uma coisa natural. com a mesmíssima idade, e reclamando-me da Esquerda de que ele se afirma arauto, tenho a dizer que nesses longínquos anos sessenta já havia entre a malta progressista uma clara condenação dos hábitos que ele aponta a seu favor.  

E ninguém, entre nós, se imaginaria, uma vez adulto e com responsabilidades académicas ou outras, a assediar mulheres que obviamente estão na nossa directa dependência como professores, orientadores ou meros colegas mais velhos e com maior autoridade. 

Às vezes penso que há pessoas com fama de inteligentes que na prática se desculpam de forma tão tonta  que ou são parvos ou nos querem fazer passar por parvos. Arre!

estes dias que passam 975

mcr, 31.03.25

Ainda não é Auschwitz ...

mas caminha para lá

mcr, 31-3-25

 

A prometida "riviera" do Mediterrâneo orientalcomeça a parecer um futuro possível (e infame)para Gaza. Se tudo correr como parece ser o plano de Netanyahu. Por um lado bombardeiaindiscriminadamenteenquanto por outro ordena aos habitantes ainda vivos contínuas e constantes deslocações de um lugar perigoso para outro ainda pior. Como os criminosos russos na Ucrânia, Israel jura que apenas ataca, antros de terroristas concentrações militares do Hamas, véículos da cruz vermelhaque os militares israelitas afirmam (sic) ser "duvidosos" quando não garantem que são transportes de militantes armados do grupo terrorista.

Com Byden na presidência americana ainda se esforçavam  (nunca demasiadamente...) para distinguir os alvos. Agora é "ad libitum". Só os cadáveres não são suspeitos. Quanto ao resto "é fartar vilanagem".

No ,eio disto tudo, em Israel vão sendo expurgados todos quantos não estão classificados como patriotas a 200%.

Dos reféns ainda presos já se sabe ue há vinte ou trinta cadáveres à espera de sepultura. Os que ainda sobrevivem se não morrerem num ataque aéreo, poderão ser assassinados pelos seus captores.

Em comparação com o medonho cemitério dos kibutzes atacados no sul de Israel , Gaza parece uma espécie de Hiroshima não nuclear mas capaz de atingir o mesmo ou maior número de vítimas. 

Se a coisa continua (e não se lobriga qualquer hipótese em contrário) há de chegar o momento em que deixará de ser necessário transferir os habitantes, entretanto mortos. E não será dificil fazer desaparecer os cadáveres. Basta incinerá-los  que para tal já há tecnologia que baste para o efeito. Deepois é limpar os destroços, construir os hoteis, as villas, os spas, os casinos, os campos de golf, lupanares recheados   e teremos uma espécie de Las Vegas para turistas israelitas  (mas não só...) endinheirados. E para os amigos de Trump. E de Musk. E de Orban que nunca permitirá que prendam o procurado líder israelita caso vá até Budapeste.

Por cá, ontem, umas criaturas saíram à rua para exigir que se reconheça a Palestina. Convenhamos que reconhecer algo que quase não tem território seu ainda por cima separado em duas partes cada vez mais exíguas, com uma população prometida às bombas militares e aos tiros dos colonos israelitas da Cisjordânia, não teria o mínimo significado para um país que faz o que quer naquela região.

Talvez valesse mais a pena deixar de reconhecer Israel ou, pelo menos, retirar de lá o embaixador. 

E parar com a desfaçatez de aceitar como descendentes de judeus portugueses expulsos à 500 anos toda e qualquer pessoa que o requeira sem provas razoáveis. Já basta os oligarcas russos que ou já são ou estão em vias de adquirira nacionalidade portuguesa graças a uma trupe de criaturas que circulam entre sinagogas d negoceiam as certidões a bom preço.

Já agora: como está esse processo? Melhor: ainda há processo? Inquérito? Ou as autoridades alegadamente competentes ainda andam atrás de gambuzinos (se é que Miguel Albuquerque arguido mas ainda não interrogado há mais de 400 dis ou António Costa em situação semelhante não se chateiam de ser confundidos com as misteriosas criaturinhas acima citadas)  e, por isso sem tempo para fingirem servir a justiça?

(quem me lê sabe que ao longo de todos estes anos tenho tido uma posição eventualmente transigente com a política israelita, Para não dizer favorável, tanto mais que do outro lado estava a ralé terrorista.

Todavia, há um momento em que o que é demais, é mesmo demais.