A defesa do Porto de Leixões
Nos últimos dia tem-se assistido a uma invulgar unanimidade de personalidades e entidades do Porto e da Região Norte em defesa da autonomia do Porto de Leixões, num momento em que se aventa a possibilidade de o Governo criar uma holding que centralize a gestão das várias administrações portuárias. Essa hipótese deitaria por terra a excelente gestão de que tem beneficiado a Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), que tem tido a capacidade de entender as necessidades da economia da região e, em consequência disso, ajustar a gestão portuária às necessidades das empresas. Recorde-se que em 2011 o Porto de Leixões registou o maior crescimento (12%) entre os portos nacionais, atingindo 16,3 milhões de toneladas movimentadas.
Rui Rio, Valente de Oliveira, Rui Moreira, Gulherme Pinto e Ricardo Fonseca são algumas das personalidades que vieram a público defender a autonomia de gestão para a APDL, a que se juntou, por exemplo, a manifestação unânime da Assembleia Municipal do Porto.
De foram deste apelo ficaram os excêntricos líderes concelhios do PSD do Porto e de Matosinhos, Ricardo Almeida e Pedro da Vinha Costa, que vieram a público acusar a administração da APDL de incompetência e de conluio com a autarquia matosinhense. Estes dirigentes partidários locais prestaram um mau serviço ao seu partido e deixaram a nu a forma como a visão maniqueísta dos aparelhos partidários se afasta da realidade. Às vezes a tentativa de esbracejar para fazer prova de vida conduz a tomadas de posição ridículas...