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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

"A Bíblia em Verso"

José Carlos Pereira, 07.04.17

Foto do livro.JPG

 

No próximo domingo, tem lugar em Soalhães, Marco de Canaveses, a apresentação da obra de uma vida de um amigo de família. M. Monteiro da Costa, major da força aérea aposentado, dedicou dez anos à escrita de “A Bíblia em Verso”, cujo primeiro de seis volumes já foi apresentado em Alcochete, Montijo e Setúbal, onde se radicou há várias décadas.

A obra foi elaborada em sonetos heroicos (lírica de Camões) e conta com prefácio de Frei Fernando Ventura e breves notas dos Bispos D. José Ornelas e D. Manuel Martins, tendo merecido a validação de reputados biblistas. Será certamente uma obra de enorme interesse para crentes e não crentes e um momento relevante para os seus conterrâneos marcoenses.

 

A Câmara do Porto e José Saramago

José Carlos Pereira, 15.07.10

Segundo o "Jornal de Notícias" de ontem, a Câmara Municipal do Porto recusou homenagear postumamente o escritor José Saramago com a atribuição do seu nome a uma rua da cidade. A maioria PSD/CDS, sem o justificar, votou contra a proposta do vereador da CDU, Rui Sá, que teve o apoio do PS, com excepção do douto vereador Vilhena Pereira, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, que se absteve.

Já antes, na votação de um voto de reconhecimento pelo contributo do escritor para a "divulgação e o prestígio de Portugal" e de condolências à família, os vereadores da maioria tinham surpreendido com a sua abstenção e o voto contra do vereador do CDS Manuel Pimentel.

Sem justificações dos próprios não poderemos alcançar a explicação para posições tão obtusas da parte da direita que governa a cidade. Resquícios de outros tempos ou revanchismo indecoroso? Por mim, lamento que a minha cidade não acolha na sua toponímia o nome de José Saramago, indiscutivelmente um nome maior da literatura portuguesa, de renome mundial. Se pensarmos nas figuras de segundo e terceiro plano que abundam na toponímia portuense ainda ficamos mais incomodados.

É verdade que a Câmara do Porto já nos tinha habituado a comemorar o 25 de Abril fora da data, mas agora parece ir mais longe e condicionar a toponímia da cidade à sua agenda político-partidária. Lamentável!

Morreu José Saramago

José Carlos Pereira, 18.06.10

O Prémio Nobel José Saramago morreu hoje, aos 87 anos, na bonita e tranquila ilha de Lanzarote. O seu corpo regressa amanhã a Portugal, onde será velado e cremado.

Saramago, uma personalidade que nunca congregou unanimidades, fosse na literatura ou na política, tornou-se o escritor português mais conhecido em todo o mundo e assim contribuiu para o prestígio da nossa língua.

De todos os seus livros, recordo "Memorial do Convento" como aquele que mais me sensibilizou e de que mais gostei.

LeV – Literatura em Viagem

O meu olhar, 19.04.10

 

Está a decorrer em Matosinhos o LeV – Literatura em Viagem de 2010. Parece que a cinza de origem vulcânica que tem afectado o espaço aéreo europeu provocou algumas ausências de peso. Lamento não ter podido estar presente. A qualidade é sempre garantida e este evento tem ainda uma característica muito particular para o Incursões: a presença imprescindível do nosso companheiro incursionista Marcelo Correia Ribeiro. Um abraço para si Marcelo e tenho muita pena de não me poder libertar do trabalho a tempo de assistir à mesa que vai moderar.

 

Aqui vai o Programa completo apesar do LeV terminar já amanhã.

 

 

17/04/2010, Sábado

15h00
Salão Nobre dos Paços do Concelho
Conferência de abertura
Lançamento da revista «Itinerâncias» número 3

16h00
Galeria Municipal
Inauguração da exposição de fotografia «A última fronteira» de Gonçalo Rosa da Silva

16h30
Galeria Municipal

1º Mesa: «Literatura e Guerra»
Robert Fisk (Inglaterra)
Mimmo Cándito (Itália)

Carlos Vale Ferraz
Hubert Haddad (Tunísia)
Cândida Pinto
Moderador: José Mário Silva

18h30
Galeria Municipal

2ª Mesa: «As Viagens são os Viajantes»
Giuliano da Empoli (Itália)

Nuno Silveira Ramos
João Pedro Marques
Lourenço Mutarelli (Brasil)
Moderador: João Rodrigues

21h30
Cine-Teatro Constantino Nery

«Relativamente», com encenação e tradução de João Lagarto e produção de Alice Prata

18/04/2010, Domingo

10h30
Visita dos escritores ao concelho com Joel Cleto

15h00
Galeria Municipal

3ª Mesa: «Percebo-me viajando»
Alexandre Alves Costa
José Medeiros Ferreira

Patrícia Portela
Guillermo Martinez (Argentina)
Moderador: Manuel Valente

17h30
Galeria Municipal

4ª Mesa: «O Sonho de África»
Tim Butchert (Inglaterra)
Mohammed Berrada (Marrocos)
Javier Reverte (Espanha)
Jacinto Rego de Almeida
Moderador: Carlos Vaz Marques

19/04/2010, Segunda-feira

10h30
Biblioteca Municipal Florbela Espanca
Workshop de fotografia com Sérgio Jacques

15h00
Galeria Municipal

5ª Mesa: «Viajar prolonga a vida»
Alon Hilu (Israel)
José Rentes de Carvalho
Alexandra Lucas Coelho
Mónica Marques
Moderador: Rosa Alice Branco

17h30
Galeria Municipal

6ª Mesa: «Palavra a palavra viajamos»
Filomena Marona Beja
Ignacio Martínez de Pisón (Espanha)
José Fanha
Arthur Dapieve (Brasil)
Moderador: Marcelo Correia Ribeiro

20/04/2010, Terça-feira

10h30
Biblioteca Municipal Florbela Espanca
Workshop de fotografia com Sérgio Jacques

15h00
Galeria Municipal

7ª Mesa: «A alegria do homem está em viajar»
Joaquim Magalhães de Castro
Cristina Carvalho
Lazaro Covadlo (Argentina)
Maria Isabel Barreno
Moderador: Jacinto Rego de Almeida

17h30
Galeria Municipal

8ª Mesa: «Toda a realidade é um desejo de viagem»
Hélder Macedo
valter hugo mãe
Mempo Giardinelli (Argentina)
Elmér Mendoza (México)
Moderador: Francisco José Viegas

Actividades em paralelo:

• Exposição de postais antigos pertencentes aos espólios do Arquivo Histórico/Fotográfico da Câmara Municipal de Matosinhos, intitulada «Viajar pela Cartofilia»
• Feira do Livro de 15 de Abril a 25 de Maio
• Lançamentos de livros
• Ateliês
• Encontros de escritores nas escolas do Concelho de Matosinhos e Biblioteca Anexa de São Mamede de Infesta
• Concerto: A fadista Carminho estará, no dia 24 de Abril, pelas 21.30h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, para apresentar o seu primeiro trabalho “Fado”, seguido de fogo-de-artifício
• Feira do Livro (Galeria Nave)

Cinema:
1) «Petit à Petit», de Jean Rouch (100 min)
2) «D´un Mur l´Autre Berlin — Ceuta», de Patric Jean (90 min)
3) «La Traversée», Elizabeth Leuvrey (55 min)
4) “Voyage en Sol Majeur”, de George Lazarevski (52 min) 5) «Odessa... Odessa», de Michel Boganim (100 min)
6) «What the Tourist Should See», de José Fonseca e Costa (69 min

 

Leituras de Verão

José Carlos Pereira, 20.08.09

Entre as leituras de férias deste Verão, carreguei para a praia o último livro de Miguel Sousa Tavares (MST), "No teu deserto", que lidera os top's das principais superfícies livreiras.

Habituei-me a ler as belíssimas crónicas e reportagens de MST na revista "Grande Reportagem" - julgo que tenho a colecção completa - lia-o no "Público" e leio-o no "Expresso". Li outros escritos seus, nomeadamente o "Equador". Segui MST pela RTP e pela SIC, deixei de o ver quando passou para a TVI. MST tem uma pena interessante, não fosse sair a quem sai, pesem as distâncias, e um estilo de intervenção vivo, às vezes truculento até, que lhe dá uma certa aura de eterno rebelde.

Ao ler "No teu deserto", contudo, ficou-me um certo amargo de boca. Apesar da coragem de revelar um flirt inconsequente de há vinte anos atrás, expondo-se, MST não desatou o nó que lhe permitiria escrever de forma límpida e assertiva. "No teu deserto" não honra MST porque é demasiado light, escrito sobre o joelho. E o relato que ali fica deixa entender que MST teria pano para mangas para contar, bem, uma história que o marcou.

Discurso (quase ) directo

ex Kamikaze, 20.04.09

à conversa com Liliana Mendonça André

(kami, para os amigos incursionistas...)

 

e um convite para o dia 25 de Abril

 

“LIVROS PROIBIDOS NO ESTADO NOVO”

exposição inaugura a 25 de Abril, às 17h30, no Pátio de Letras

José Manuel Mendes, escritor, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, falará da sua própria experiência


«Foi o tempo do lápis azul num mundo cinzento. O 25 de Abril trouxe a liberdade de expressão. O espólio de um livreiro resistente na nossa terra e uma lição de História»

 

ler mais aqui

 

Nítido Nulo

ex Kamikaze, 15.10.08
A obra de Virgílio Ferreira, goste-se mais ou menos dos seus escritos (ou de alguns dos seus escritos, que são muitos e de diversa natureza) constitui, inquestionavelmente, património cultural português a preservar e manter vivo - leia-se, disponível para leitura.

No entanto, das 32 obras editadas pela empresa que detém os direitos de publicação, uma das quais incluída no Plano Nacional de Leitura, estão esgotados ou indisponíveis ... 32 títulos!!! Ou pelo menos assim consta do site respectivo... pois afinal, segundo me acabam de informar telefonicamente, há alguns (poucos) títulos reeditados.

Como acabam de dar à estampa manuscritos do espólio do escritor, correspondentes a um diário que escreveu, com algumas interrupções, entre os 26 e os 32 anos , apetece glosar a célebre frase e gritar bem alto: PUBLIQUEM 33!!!

E se não publicam/reeditam, que haja alguma entidade responsável pela cultura neste país que - à falta de mecanismos legais de injunção neste particular - faça uma oferta irrecusável e adquira os direitos de publicação! Sairia certamente mais barato que uma só saison de Allgarve, pelo menos tendo em conta a regra do custo/benefício, sendo este extensível agora a todos os portugueses e não só aos allgarvios e certamente também mais perene, não se evanescendo num qualquer "sonho de uma noite de verão" ...

Crise? Qual crise? (1)

ex Kamikaze, 09.10.08

Uma prestigiada editora sediada no Porto, à qual pretendíamos fazer uma primeira encomenda, acaba de nos informar que apenas podemos encomendar livros no valor tortal de 250 €, pois é o plafond máximo estabelecido para vendas a crédito. Bem, para além de livros que queremos ter na Livraria, há pedidos de clientes que queremos satisfazer, pagaremos então a pronto! Ah, isso não pode ser, só vendemos a crédito com prazo de 60 dias. Como disse? Então só podemos encomendar 250 € de livros e temos de esperar 2 meses para pagar e assim podermos pedir reposições e novos livros? Bem, podem prestar uma garantia bancária no valor mínimo de 5.ooo €... Certo, mas para quê a garantia bancária se pagarmos a pronto?? Uhm, é que o nosso sistema só admite pagamentos a crédito.

E PRONTO!!!!!

Crise? Qual crise?(2)