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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Crise europeia, Banco Central e Dívida

sociodialetica, 26.10.11
Um pequeno filme que me dispensa de escrever um artigo, que estava em preparação, sobre a importância dos bancos centrais.
Apenas falta dizer que para além da forma de funcionamento descrita, típica do neoliberalismo e da subordinação da economia ao capital financeiro, houve, com a união monetária, o fim da actuação do Banco de Portugal como instituição financiadora em última instância e que o Banco Central Europeu não serve os países da Europa mas apenas alguns!

Pesadelo neoliberal

sociodialetica, 07.07.11

Escrevi há dias, para uma publicação portuguesa…

“A crise de sobreprodução que ainda vivemos, e viveremos por vários anos, teria sido uma oportunidade excelente para mostrar que a realidade tem leis objectivas, que as crises continuam a existir, que permanece na sociedade mundial, regional e nacional interesses contraditórios, que o bem-estar do grande capital não é o bem-estar da sociedade, antes pelo contrário para milhões de cidadãos à escala mundial.

Uma oportunidade excelente para combater-se o empolamento do financeiro em relação ao económico, do improdutivo em relação ao produtivo. Combater-se a especulação financeira mundial aceleradora da crise ao transferir dinheiro das nações para essa especulação. Combater-se a brutal fuga aos compromissos fiscais e às obrigações sociais, fuga que condena os Estados a financiarem-se junto de quem os roubou. Abdicou-se de uma política anti-cíclica.

Neste panorama internacional a política mais subserviente perante o grande capital, mais neoliberal e anti-social tem sido realizada pela União Europeia, nomeadamente pelo Banco Central Europeu. ”

 

Contudo, o comportamento dos últimos dias do Banco Central Europeu é mais do que a de campeão do neoliberalismo. É de subserviência (via empresas de rating, e não só) perante o principal rival nas políticas mundiais do sistema monetário, à hegemonia dos mercados financeiros: os EUA (sistema bancário, fundos de pensões, bolsa de títulos e valores, etc.). Subserviência perante os especuladores contra a moeda europeia, que aproveitam, como bons estrategas que são, os elos mais fracos, as divergências internas e a incompetência política dos decisores.

 

Quais as razões? O aprendiz de feiticeiro (o Mestre Financeiro da globalização actual ainda é os EUA) quer ser mais que o próprio feiticeiro? Os bancos europeus, incluindo os alemães, estão a ser excessivamente asfixiados pelos produtos financeiros do suprime, ainda “lixo tóxico”? É mera desorientação política (que a há, há!) perante o desmoronar dos sonhos dos políticos que não olharam para a dinâmica da sociedade? É o Snr. Jean-Claude Trichet que se anda a candidatar-se  a algum “tacho” mais elevado?

 

É uma forma de mostrar quem manda na UE? É mera estupidez?

 

Os deuses que respondam. Os homens que lutem.