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Incursões

Instância de Retemperação.

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Dois Poemas

JSC, 21.03.11

O HOMEM DE ABRIL

 

Eis o homem de Abril.

Nasceu fraco e de pé.

De fraco, fez-se velho.

Fez-se velho a valer.

 

Sentou-se ao pé de um muro.

Atrás o sol nascia.

Uma rosa rompeu.

Era manhã. Bom dia!

 

António Ramos Rosa – Poema dedicado a José Gomes Ferreira

 

II

Os Farsantes

 

Desconfie da tristeza de certos poetas. É uma tristeza profissional e tão suspeita como a exuberante alegria das coristas.

 

Mario Quintana

O meu olhar, 04.05.10

 

 

Tenho os pensamentos enredados
na grandeza da noite,
ela os empurra e confunde.

Meu corpo é um só contra o tempo e
tantas vezes se encolhe na angústia
de ignorar
o próximo fato definitivo.

Pó a temer pó.


Silvia Chueire

 

 

INVICTUS

O meu olhar, 04.02.10
Do fundo da noite que me envolve,
Escura como o inferno de ponta a ponta,
Agradeço a qualquer Deus que seja
Pela minha alma inconquistável.
Nas garras do destino
Eu não vacilei nem gritei.
Sob os golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas não se curva.

Além deste lugar tenebroso
Só se percebe o horror das trevas,
E ainda assim, o tempo
Encontra e há-de encontrar-me, destemido.

Não importa quão estreito o portão,
Nem quão pleno de castigos o pergaminho,
Eu sou o senhor do meu destino:
Eu sou o comandante da minha alma.

William E. Henley

Essência

O meu olhar, 18.11.09

     

     Momentos há
     Em que a vida se traduz
     No segundo em que paramos
     E captamos
     A essência de nós.
 
     Nesse momento
     Não há passado
     Nem presente
     Só o sonho de ser
     E viver.
 
     Mas o momento passa
     Roubado por uma qualquer
     Rotina
     E nós
     Vamos caminhando
     Lado a lado com a nossa essência
     Até
     Ao próximo momento. 

Entre Hoje e Amanhã

JSC, 21.05.09

 

                                                   

Parabéns e um poema de António Ramos Rosa:

 

Somos quantos? Uns e outros

construímos signos nos ventos

As nossas casas comunicam ao nível dos alicerces

A imaginação tem raízes nas mãos

A alegria que por vezes nasce como uma lufada

conhece todas as ranhuras do muro

 

Os nossos sonhos brilham nas valetas