Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Emergência. Responsabilidade.

José Carlos Pereira, 17.03.20

JtVH5Khvihib7dBDFY9ZDR.jpg

Estamos perante um momento novo, único e impensável até há pouco tempo. As primeiras notícias sobre o coronavírus começaram a chegar-nos no início do ano, da China, não sendo então expectável que conhecesse o desenvolvimento que agora sentimos de perto.

Governos, autoridades de saúde pública, laboratórios farmacêuticos, investigadores, escolas de medicina, todos foram surpreendidos pela rápida evolução e disseminação do vírus. Por isso, não estranho totalmente as hesitações ou dúvidas evidentes na implementação de medidas com vista à contenção do vírus. Gostaria que assim não fosse e que as autoridades fossem mais assertivas, mas a verdade é que ninguém tem certezas sobre o melhor caminho a seguir.

Vê-se, aliás, que as medidas seguidas nos países da Europa do Sul são diferentes das preconizadas no Reino Unido ou na Suécia, por exemplo. Uns apostam mais na contenção primária do vírus, enquanto outros preferem deixar o vírus disseminar-se pela população, controlando os grupos de maior risco, na esperança de que se crie uma "imunidade de grupo". Uns preferem fechar os territórios, outros seguem uma via de maior abertura, acreditando que assim conseguem uma maior imunização da comunidade.

É claro que os "especialistas" das redes sociais têm resposta para tudo, das máscaras às luvas, dos ventiladores ao encerramento de fronteiras, do fecho do comércio ao estado de emergência. Mas dessa praga, mais duradoura que o próprio coronavírus, não nos livraremos. Nem o Presidente dos afectos se livrou do enxovalho público...

Sem prejuízo de devermos manter o sentido crítico sobre as opções políticas prosseguidas, que poderão ser avaliadas em devido tempo, entendo que o momento deve ser de união e comunhão nos princípios e propósitos que nos devem animar. Em benefício de todos os portugueses, a começar pelos mais frágeis perante a ameaça do vírus. Há um país e um continente para salvar e, no caso português em concreto, há uma economia que conhecerá um tremendo golpe, com o encerramento de muitas empresas e o crescimento galopante do desemprego. A União Europeia terá de dar uma resposta efectiva a este quadro económico e social.

É provável que amanhã seja decretado o estado de emergência em Portugal, depois de já hoje ter sido declarado o estado de calamidade no município de Ovar. Vêm aí medidas excepcionais para um momento único e imprevisto. Se cada um de nós fizer a sua parte, de acordo com as orientações que vierem a ser emanadas pelas autoridades públicas, estaremos a dar uma prova de responsabilidade e a dar o nosso contributo para ultrapassar a maior praga deste século XXI.

QUEM AJUDA?

JSC, 15.01.18

Um ladrãozeco resolveu assaltar uma moradia na Madalena, VNGaia. O que roubou este ser do gamanço? O fecho do portão de entrada; um velho motor de tirar água de um poço; o contador da água; uma torneira; algumas peças de ferramentas.

 

Para pedir a reposição do contador da água parece ser preciso obter um documento de participação do roubo à PSP. Lá fomos à PSP.

 

No primeiro dia, o guarda que guardava a entrada disse que o melhor era ir lá mais tarde ou no dia seguinte, o atendimento estava muito demorado. Anuímos e fomos no dia seguinte.

 

Hoje, chegados lá, o guarda que fazia o atendimento perguntou e nós dissemos que era para apresentar queixa de um roubo.

 

De imediato, levantou se e foi falar com o outro guarda que estava mais resguardado. Este acenou com a cabeça, levantou o dedo indicador, que depois se percebeu que queria dizer que apenas podia entrar uma pessoa, apesar de haver duas cadeiras.

 

Exposto o que se pretendia, o Senhor Guarda disse que não, que apenas o dono pode apresentar queixa.

 

- Mas o dono está internado no HSA, não se sabe quando terá alta.

 

- O Sr Guarda: ...pois, mas não pode ser, só podemos aceitar a participação do dono, ele tem seis meses para apresentar queixa.

 

- Mas nós precisamos do documento da participação do roubo para apresentar e pedir a reposição do contador e a ligação da água. A casa está sem água...

 

Nada demoveu o Sr Guarda, dizia que a lei mudou há um ano, agora só o dono pode apresentar queixa e obter cópia da participação, não pode entregar a cópia a mais ninguém, só o Tribunal, a lei é assim...

 

Perante tamanha oposição desistimos não fosse a nossa insistência ainda ser tomada como desobediência.

 

Será que é mesmo assim? Um familiar (filha) não pode apresentar queixa na PSP de um roubo em casa do pai, que se encontra ausente e impossibilitado de ir à  esquadra? Será que a lei que é assim tão estúpida? Para beneficiar quem? As estati­sticas? Os ladrões?

 

Quem ajuda a encontrar saí­da para este imbróglio?

 

Afinal de contas só se pretende obter da PSP um documento que comprove  a participação do roubo, para o entregar na Empresa da Água. Mas nem isso a PSP faz. Faz sentido?