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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

o verão

Sílvia, 19.03.09

 

 

chove ainda,

o verão se aproxima lentamente.

 

a cidade se agarra às cores,

respira-as;

cola-se aos azuis, verdes,

vermelhos.

pega nas cores com cuidado,

vida a depender delas.

 

o verão é um dos poemas da cidade.

 

o povo bebe de má vontade

esta chuva fina a molhar-lhe os pés

e o olhar.

espera pela canção das cores e do sol,

dos risos alagados pelo mar,

do suor a fazer  brilharem os corpos

e o desejo,

 

naturalmente.

 

 

silvia chueire

 

Nova casa, novos ares. É bom !

Beijos a todos !

 

o verão

Sílvia, 05.03.09
Embaraçada pelo tempo de afastamento sem nada ter avisado aos meus companheiros e companheiras de blog eu me desculpo. Conto com a tolerância de todos.
Estava com tantas saudades... Mas meu tempo tem andado curto. E o cansaço tem me vencido com frequência ao final de cada dia. Enfim, são as circunstâncias. Espero que me perdoem.
Deixo um abraço grande a cada um de vocês e um especial para a Guilhermina e a Kamikaze.
Vocês têm me feito falta.

Fica um poema que eu não havia ainda posto na net. Escrito ainda no início do verão, mas só hoje acabado ( eu me esquecera dele) .

Hoje desde um calor infernal recebam o meu carinho,

Silvia
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o verão

chove ainda,
o verão se aproxima lentamente.

a cidade se agarra às cores,
respira-as;
cola-se aos azuis, verdes,
vermelhos.
pega nas cores com cuidado,
vida a depender delas.

o verão é um dos poemas da cidade.
o povo bebe de má vontade
esta chuva fina a molhar-lhe os pés
e o olhar.

espera pela canção das cores e do sol,
dos risos alagados pelo mar,
do suor a fazer brilharem os corpos
e o desejo,

naturalmente.


silvia chueire

orquídeas

Sílvia, 21.10.08













orquídeas

as orquídeas brancas debruçadas
enfileiravam-se
a subir pela haste
-pelo poema-

subiam como palavras
essenciais de beleza.


silvia chueire


saudades, muitas saudades meus amigos...
carinho,
silvia

para um domingo, dois poemas

Sílvia, 22.06.08
o sol

elevamo-nos solares
algum dia,
em alguma terra habitada pelas oliveiras.

tinhas as mãos cheias de mim,
aproximavas teus lábios dos meus cabelos
e me dizias tudo,
depois depositava-os nos meus ombros.

éramos o sol ,
a exaltação da vida.


pensamento

grande é o universo do pensamento
ora caminha
com pés de chumbo
rente à terra
ora tem asas
espalha-se no céu
e voa infinitamente

silvia chueire