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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Nova experiência no associativismo empresarial

José Carlos Pereira, 09.05.25

Na sequência das eleições ocorridas no mês passado, fui esta semana empossado como vice-presidente da Direcção da Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM).

Num território a que estou vinculado por laços familiares, aceitei o desafio de partilhar a experiência acumulada em quase 30 anos ao serviço da maior associação empresarial do país e de contribuir para a concretização de objectivos estratégicos da AEVM, designadamente a implementação de áreas de acolhimento empresarial há muito reclamadas e que podem tirar partido da localização privilegiada próximo do nó da A4/A11.

Miguel Poiares Maduro e os estilos de vida

José Carlos Pereira, 29.03.25

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Miguel Poiares Maduro no "Expresso":

"...ao contrário de um cidadão normal um político tem de explicar porque leva um estilo de vida acima do que a função política lhe permitiria".

Penso exactamente o mesmo que o ex-ministro do PSD e isso ainda é mais evidente quando alguém que passa mais de metade da sua vida profissional na política ostenta um património de alguns milhões de euros.

O "mistério" da portuense Rua 31 de Janeiro

José Carlos Pereira, 25.03.25

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Nos últimos anos, a baixa do Porto beneficiou de um investimento elevado na regeneração urbana e na requalificação do seu edificado. Refiro-me, em concreto, a um círculo entre a Cordoaria, Rua das Flores, Mouzinho da Silveira, Sá da Bandeira, Bolhão, Aliados e Clérigos.

A cidade foi assistindo à requalificação de quarteirões inteiros, de prédios devolutos e infelizmente também à saída de muitos residentes antigos, para dar lugar a hotéis, novos espaços comerciais, prédios de alojamento local e habitação nova para um público mais jovem. Apesar do fenómeno da gentrificação, a verdade é que a cidade ganhou uma nova face, rejuvenesceu e tornou-se mais apelativa. Para os cidadãos do Porto e para os milhares de turistas que trouxeram um novo cosmopolitismo à cidade. 

Em todo este processo, sempre me intrigou por que razão a Rua 31 de Janeiro ficou para trás nessa vaga de requalificação urbana. Os investidores interessados nas ruas envolventes afastam-se de 31 de Janeiro por que motivo? A falta de cuidado e de investimento acabaram por levar por arrasto ao definhamento da maioria dos espaços comerciais. Quem hoje passa na Rua de 31 de Janeiro constata que são mais as lojas fechadas do que as que se encontram a funcionar. As obras do metro junto à Estação de São Bento, ao fundo da rua, que duram há alguns anos, podem ter ajudado a este desinteresse pela rua, mas já antes isso era notório.

Os dedos de uma mão devem chegar para contar as pessoas que ainda residem na rua. Há vários prédios contíguos devolutos à espera de requalificação, mesmo se já se vê um ou outro prédio em reconstrução. Neste contexto, creio que a autarquia poderia fazer mais no sentido de valorizar uma rua que já foi central na vida da cidade, designadamente com uma intervenção sensibilizadora junto dos proprietários, uma melhor gestão dos circuitos de trânsito automóvel e a aposta em eventos e actividades que tragam pessoas e movimentação àquela rua.

É preciso fazer cidade na Rua 31 de Janeiro. Não faz sentido cruzar os braços e deixar ao abandono uma rua histórica, hoje pouco segura e quase infrequentável.

"Governar no séc. XXI"

José Carlos Pereira, 14.03.25

Estive há dias na apresentação do livro do ex-ministro António Costa Silva, "Governar no séc. XXI - Desafios, Soluções, Liderança". O autor presta contas da sua acção enquanto ministro da Economia e do Mar, o que é sempre um bom hábito democrático, mas retrata também a sua (pouco feliz) experiência com os múltiplos organismos da administração pública. Aliás, segundo referiu, se tivesse de optar privilegiaria como tarefa primordial do Estado avançar com a digitalização da administração pública, um factor que reputa como essencial para assegurar uma resposta pronta e eficaz às interacções com as empresas e os cidadãos.

"Ainda estou aqui"

José Carlos Pereira, 13.03.25

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Se ainda não viu, não pode perder o excelente filme brasileiro "Ainda estou aqui", que venceu o Óscar para melhor filme estrangeiro e contou com nomeações para melhor filme e melhor actriz.

Num tempo de rupturas e de (quase) distopias, de ameaças à democracia e às liberdades, um pouco por todo o lado, este filme, com a singular interpretação de Fernanda Torres a partir de um caso real, recorda-nos o que sucede em ditaduras autoritárias, nas quais se persegue, interroga, prende e elimina pessoas comuns, só porque têm opinião diferente e lutam pela liberdade no seu país.

 

 

Reposição de freguesias vs. centralismo

José Carlos Pereira, 12.03.25

Um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto traz à reflexão, de forma oportuna, a organização administrativa do território, a partir da recente reposição de três centenas de freguesias. Mais do que a questão do aumento dos custos associados a este acréscimo do número de freguesias, o estudo enfatiza o facto de Portugal continuar a ser um dos países europeus mais centralizados, com um reduzido nível de despesa local e regional no PIB e um dos rácios mais baixos de habitantes por unidade administrativa local de nível inferior (as freguesias no caso português).

Defendo há muito que uma reforma administrativa que envolva a criação de regiões administrativas, o redimensionamento de municípios e freguesias, e das respectivas atribuições, conduziria a um desenvolvimento mais integrado do país e à diminuição do centralismo que se faz sentir.

A visita de Macron e as parcerias com a França

José Carlos Pereira, 11.03.25

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Aquando da visita de Emmanuel Macron a Portugal, participei no Fórum Económico Luso-Francês, no Palácio da Bolsa do Porto, que deu realce a alguns dos sectores económicos mais relevantes na relação com a França, o nosso terceiro parceiro nas exportações e nas importações e o segundo maior responsável pelo Investimento Directo Estrangeiro em Portugal.
Tinha muita curiosidade em ouvir Emmanuel Macron, que fez uma defesa acirrada da Europa e da necessidade de reforçar a sua autonomia em todas as áreas estratégicas. A forma como Macron foi ovacionado e o entusiasmo que se via nas ruas do Porto por onde ia passar evidenciam que os portugueses se identificam muito com as suas intervenções recentes em defesa do nosso continente.