Alguns meios de comunicação social estão grudados na agenda política do PSD e CDS. Este posicionamento evidencia-se, por exemplo, pelo destaque que dão à actual batalha destes dois partidos: a CGD e o Ministro Mário Centeno. Torna-se evidente para toda a gente que esta batalha tem um duplo objectivo: retirar a atenção dos resultados obtidos pelo Governo em 2016 e descredibilizar o processo da CGD para fragilizar o Banco público.
Que aqueles partidos façam isso, mesmo contra o interesse público, é lá com eles. As ações ficam com quem as pratica. Agora que alguma comunicação social faça disso um cavalo de batalha é que não se entende. Assumem como sua essa guerrilha.
Um exemplo disso: Hoje na Antena 1, um jornalista de seu nome António Jorge, fez aquilo a que chamou uma síntese das “notícias” dos jornais diários. Pois bem, o que ele fez foi mencionar um conjunto de opiniões sobre o tema da agenda PSD/CDS (CGD/ Centeno). E todas no mesmo sentido. Aliás esta é uma prática recorrente deste jornalista: quase não fala de notícias mas sim de opiniões, destacando sempre as que vão ao encontro da narrativa do PSD/CDS. Porque será?
Outro exemplo: hoje a TSF fez o Fórum sobre… pois é, sobre Mário Centeno. Mas há assunto mais importante neste país para tratar? Bom, o pouco que ouvi dos intervenientes desconhecidos defendia o terminar desta novela, mostrando-se satisfeitos com a prestação de Mário Centeno, quer como Ministro quer como gestor do processo CGD. A votação foi 80% a favor de Mário Centeno e 20 % contra. Pois bem, e qual foi o posicionamento do jornalista de serviço, por sinal segunda linha de poder na TSF? Bater forte e feio em Mário Centeno. Até pincelou a sua análise com juízos de intenções maquiavélicas. Enfim, jornalismo de rigor e isenção.
As pessoas estão fartas do tipo de oposição desenvolvida pelo PSD/CDS. As sondagens mensais, que por sinal são pouco divulgadas pela comunicação social, vão dando conta do avanço do PS e da estrondosa derrocada do PSD e sobretudo de Passos Coelho.
O problema é que a comunicação social, ao agarrar-se ao náufrago vai-se afogando juntamente com ele. Ao assumir a mesma agenda do PSD e CDS e batalhar pelas suas causas, a comunicação social é arrastada para o charco da descredibilização.
São opções.